JOHN YARKER: UM MESTRE DO PASSADO E SUA JORNADA INICIÁTICA

INTRODUÇÃO:

Dentro de nosso processo iniciático, em determinadas ordens (e em especial no Martinismo), em determinados momentos, somos convidados a escolher um nome esotérico/iniciático.

Essa escolha não é uma tarefa simples, pois temos a possibilidade de que seja através de um mote em latim, um nome criado do zero ou a escolha do nome de um Mestre do Passado.

Independente do caminho escolhido, a ideia é que esse nome ancore uma determinada “energia”.

No caso da escolha pelo nome de um Mestre do Passado, encaro esta escolha como a continuidade do seu trabalho, movendo no momento presente, o que fora realizado outrora no passado.

Nesse quesito, quando me deparei com a necessidade de concretizar esta escolha, investi um bom tempo refletindo e pesquisando: “Quem”, dentre vários Mestres do Passado, mais me conecto e mais admiro seu trabalho?

Dentre todos o que se destacou em minha mente e em minhas pesquisas foi o nome de John Yarker, o qual trago de forma sintética uma extensa pesquisa sobre sua jornada iniciática.

Infelizmente, pouco encontrei sobre sua vida profana, me impedindo de compreender melhor como pensava e agia no mundo ordinário, no âmbito familiar ou em sua carreira profissional, aplicando nestas áreas o que encontrou dentro das ordens.

Espero que o(a) leitor(a) se sinta motivado(a) em viajar comigo através da história nas linhas que se seguem.

I. SOBRE SUA VIDA PROFANA:

Nascido em 17 de abril de 1833, em Swindale, Shap, Westmorland, no norte da Inglaterra. Era descendente de Reinhold Yarker de Laybourne, que viveu em meados do século XVII.

Ele se mudou com seus pais para Lancashire e depois para Manchester em 1849, quando tinha apenas 16 anos. 

Trabalhou como comerciante de importação/exportação e como agente de fios ou de tecidos ao longo de sua carreira profissional.

Há, de fato, pouca informação sobre sua vida profana, nos impedindo de conhecer um pouco mais da intimidade deste grande mestre.

Sabe-se, apenas, que desde muito jovem se interessava pela Maçonaria em todas as suas formas.

Em minhas pesquisas, nada encontrei sobre matrimônio, herdeiros ou continuidade familiar.

II. SOBRE SUA JORNADA NA MAÇONARIA TRADICIONAL

Ele foi feito maçom na Grande Loja Unida da Inglaterra aos 21 anos, especificamente na Loja da Integridade, nº 189 (mais tarde re-numerada para 163), em Manchester, no dia 25 de outubro de 1854.

Após um interstício de apenas três meses, foi prontamente Passado a Companheiro em 16 de Fevereiro e Elevado à Mestre em 25 de Abril de 1855. Servirá como Secretário, Segundo Vigilante e Venerável Mestre dentro dos três anos seguintes.

Filiou-se à Loja Fidelidade nº 623 em  27 de abril 1855 em Dunkinfield. 

Instalado Cavaleiro Templário em 1856, no Conclave Jerusalém, de Manchester, tornou-se fascinado com a história da Ordem. Recebeu os graus de Malta, Rosa Cruz e o de Sacerdote Cavaleiro Templário do Real Arco.

Também se interessou muito pelos ritos apócrifos, pelos altos graus e pelos graus co-laterais, incluindo os de Mestre Maçom da Marca, o Arco Real, Rito Escocês Antigo e Aceito e outras Ordens de Cavalaria.

Alguns registros indicam que ele era membro de várias Grandes Lojas em todo o mundo, algumas clandestinas aos olhos da Grande Loja Unida de Inglaterra (UGLE), outras reconhecidas.

III. SUA DEMISSÃO E AFASTAMENTO DA MAÇONARIA TRADICIONAL

Sete anos depois, em 1862, ele se demitiu (renunciou) à Maçonaria (Graus Simbólicos) e cortou contato com a Maçonaria Inglesa, com exceção do Ciclo de Correspondentes da Loja Quatuor Coronati, que integrou como um de seus primeiros membros, em 1887.

Em sua correspondência, Yarker refere-se a “Maçons de garfo e faca”, “Leitores de atas” e “Adoradores da garrafa”. Ele estava mesmo insatisfeito com a falta de ligação esotérica entre seus Irmãos.

Freqüentou o Capítulo Palatino R+C, em Manchester (1862) e também trabalhou com o Grau Kadosch. Não se sabe se antes ou depois de sua demissão da Maçonaria Simbólica.

IV. SUA JORNADA INICIÁTICA APÓS SUA DEMISSÃO

Avançando em sua jornada, a conexão com os Altos Graus parece não se romper totalmente após a sua demissão. Inclusive, o seu primeiro livro foi dedicado ao seu Acampamento Templário: Notas sobre as Ordens do Templo e São João e o Acampamento de Jerusalém, Manchester (1869).

Foi em suas pesquisas nos arquivos do Conclave Jerusalém, que Yarker encontrou as relíquias de uma história esquecida da Maçonaria, incluindo registros de rituais há muito abandonados ou esquecidos. Isto precipitou a sua obsessão vitalícia com a arqueologia maçônica. Tornou-se um prolífico escritor de livros, juntamente com artigos, notas e cartas à Maçonaria – e, como veremos, no futuro, ainda contribuiu com revistas de ocultismo. Tudo isto lhe valeu a reputação não só como um dos historiadores mais eruditos da maçonaria, mas também como um dos mais opinativos. Enquanto os seus amigos abraçaram os seus conhecimentos enciclopédicos, os seus detratores achavam-no abrasivo e descredenciado.

Percebeu que a maioria dos Ritos de Altos Graus eram, na verdade, compilações de cerimônias mais antigas e independentes. Yarker concluiu, então, que estes ritos não tinham qualquer base para reivindicar exclusividade sobre os seus rituais de graus constituintes: ou seja, os rituais individuais eram criações de outros, e não pertenciam aos ritos que mais tarde os adotaram.

[Nota: Na Inglaterra, o REAA é chamado de AAR (Ancient and Accepted Rite), excluindo-se a referência ao termo Escocês.]

Esta crença de que os rituais não eram criações dos sistemas em si, colocou Yarker em conflito com o Rito Escocês Antigo e Aceito (REAA), do qual acabou por ser expulso em 1870.

Em 1871, filiou-se ao Acampamento Antiguidade, em Bath, onde encontrou o Rito de Mizraim.

Aceitou, em 1871, o Grau 33 do “irregular” Rito de Cernau, USA, ignorando a manifesta oposição da Maçonaria.

Em Nova York, Yarker filiou-se ao Rito Antigo e Primitivo e, em Londres, foi instalado como Grão Mestre Geral do Soberano Santuário para a Grã-Bretanha e Irlanda (1872).

Ele respondeu à expulsão fundando um Supremo Conselho do Rito Antigo e Primitivo, com 33 graus, sob uma carta patente de Harry J. Seymour. O Rito Escocês Antigo e Aceito considerou isto como uma versão espúria do seu rito, e avisou os seus membros para se afastarem sob ameaça de expulsão.

Em 1875, Yarker declarou guerra ao Supremo Conselho – uma guerra que continuou pelo resto de sua vida.

Os ritos de Yarker provariam ser um pomo de discórdia contínuo, a ponto de Yarker lutar verbalmente com Albert Pike sobre estas questões nos anos 1880.

Por fim, sabe-se hoje que o Rito Antigo e Primitivo nunca foi uma ameaça para o REAA, e subsistiu através do pagamento das quotas de um pequeno quadro de membros dedicados, com Yarker a fazer a diferença a partir do seu próprio bolso.

Com o tempo, Yarker adicionaria também o Rito Escocês de Cerneau e o Rito de Swedenborg ao seu considerável portfólio de patentes, juntamente com ordens e ritos pouco conhecidas como: o Rito de Ismael, o Ramo Vermelho de Eri, Sat Bhai, e a Antiga Ordem de Zuzumites. 

Em 1884, começou também a publicar p “The Kneph”, que era o “Jornal Oficial do Rito Antigo e Primitivo da Maçonaria”.

Apesar do seu conflito contínuo com o REAA, Yarker continuou a ser um maçom em boa posição. Juntou-se ao círculo de correspondência acadêmico e prestigioso da Quatuor Coronati em Maio de 1887 como membro número 77; permaneceria como membro, e contribuiria regularmente para a sua revista, Ars Quatuor Coronatorum, para o resto de sua vida.

Yarker encontrou no Rito Primitivo aquilo que não pode achar na principal Maçonaria inglesa: Um sistema que sintetizava sua necessidade da posse do conhecimento arcano, que fizesse com que seus membros pensassem sobre o que aconteceu antes, e procurassem pelo conhecimento que fornecesse a chave para a sabedoria.

Editou uma Constituição do Rito em 1875. Além de se manter em contato com membros da Societas Rosicruciana in Anglia (SRiA) e da Order of the Golden Dawn, Yarker editou cartas-patentes do Rito de Memphis-Mizraim para Kall Kellner e Theodor Reuss (1904) e, mais tarde, conferiu à Aleister Crowley, o Grau 95 do Memphis e o 90 do Mizraim.

Como muitos dos seus colegas, Yarker também estava interessado no ocultismo. A maçonaria era o seu vício como porta de entrada, e entre 1876 e 1878 conduziu um “inquérito experimental sobre Cristandade, Mesmerismo e Ocultismo” – 1) William L. Cummings confirma isto, recordando que [Yarker] parece ter estado familiarizado com tudo o que tinha sido escrito sobre magia e confessa ter levado a cabo algumas experiências de alquimia prática sem obter quaisquer resultados definidos. Aparentemente, tomou tudo de natureza ocultista ou mística para a sua província e dirigiu toda a gama de experimentos. 2) Estes interesses esotéricos incluíam Teosofia: H. P. Blavatsky (1831-1891) fez de Yarker um Companheiro correspondente da Sociedade Teosófica e citou as suas ‘Notes on the Scientific and Religious Mysteries of Antiquity (1872)’ em seu Isis Sem Véu (1877). Por sugestão do seu mútuo reconhecimento a Charles Southeran (1847-1902), Yarker retribuiu conferindo graus honoríficos maçônicos a Blavatsky tanto na Sat Bhai como na Maçonaria de Adoção. Foi também um dos primeiros colaboradores do The Theosophist.

Em 12 de novembro de 1893, solicita por correio a Papus sua admissão na Ordem Martinista, na qual ele é iniciado antes do final do mesmo ano através do Barão Adolph Franz Leonhardi de Platz (1841-1902), membro da Loja L’Estrela Azul de Praga e Delegado Geral da Ordem para a Boêmia e Hungria. Em 1901, Papus obteve de John Yarker uma patente para abrir em Paris a Loja INRI, que trabalhava de acordo com o Rito de Swedenborg. A loja INRI mais tarde se tornou a sede da Grande Loja Swedenborgiana da França, graças a uma nova carta constitutiva recebida de John Yarker, em 20 de março de 1906.

Em Novembro de 1902, Yarker passou de Grão-Mestre 96° para a Grã-Bretanha e Irlanda para suceder  Francesco Degli Oddi como Grande Hierofante 97°, o chefe internacional ou Grão Mestre Geral Soberano do Rito Antigo e Primitivo.

Quando Theodor Reuss e colegas começaram a recolher autoridade para estabelecer a Academia Maçônica que se tornaria a Ordo Templi Orientis, a maior parte das suas cartas patentes vieram de John Yarker: em 21 de Fevereiro de 1902, Yarker autorizou Reuss a estabelecer uma Grande Loja Alemã do Rito de Swedenborg. Pouco tempo depois, Yarker nomeou Reuss, Franz Hartmann e Henry Klein ao grau de Grande Conservador Geral (95°) em honoris causa, tendo então conjuntamente patenteado os três para formar um  Soberano Santuário e “conferir os vários Graus do nosso Rito Antigo e Primitivo desde o Primeiro ao 33°-95° A[tient] e Primitive], 90° Misraïm e 33° do Ancient and Accepted. 

Em 14 de Julho de 1903, o Soberano Santuário da Grã-Bretanha e Irlanda – satisfeito com o progresso do Rito na Alemanha – fez Carl Kellner, Theodor Reuss, Franz Hartmann e Henry Klein, Grão Mestres Honorários para a Grã-Bretanha e Irlanda.

Além disso, Yarker foi membro do grupo precursor da Golden Dawn, a Sociedade dos Oito, a Irmandade Celestial de Charubel (John Thomas, 1826-1908), e da Ordem Martinista de Gérard Encausse (1865-1916). Ele tinha ligações com a Irmandade Hermética de Luxor – o seu selo adornou a primeira página da tradução de Yarker, Magnetic Magic (1898) – assim como Paschal Beverly Randolph (depois da morte de Randolph, Yarker pagou £4 pelo manuscrito original de Eulis de Robert Fryar, 1845-1909). 

Em 1906, Rudolf Steiner recebeu de Theodor Reuss, que representava Yarker na Alemanha, a patente para fundar em Berlim um capítulo e grande conselho de Memphis-Misraim sob o título distintivo de “Mystica Aeterna”. Steiner foi nomeado Grão-Mestre Adjunto com jurisdição sobre os membros que recebeu onde quer que recebesse no futuro . Steiner logo entrou em conflito com Reuss e recuperou sua independência. Então, a partir dos elementos iniciáticos que ele reuniu, ele fundou seu próprio Rito “Maçonaria Esotérica”, ao qual Edouard Schuré provavelmente teria sido iniciado . Este rito utilizava um ritual muito antigo, cujo texto pode ser encontrado parcialmente na obra Dogme et Rituel de Haute Magie de Éliphas Lévi. Em sua autobiografia, Steiner minimiza o relacionamento que teve com a Maçonaria e Reuss em particular. Observe que Theodor Reuss foi um ex-membro da Sociedade Teosófica. De acordo com alguns autores, Steiner também foi iniciado na Ordem da Rosa-Cruz Esotérica por Franz Hartmann, outro teosofista e amigo de Reuss, que depois do caso do Juiz fundou um ramo dissidente da Sociedade Teosófica na Alemanha.

A publicação em 1909 da Obra Magna de Yarker, The Arcane Schools, foi recebida com pouca repercussão. A recepção da imprensa foi morna e a sua editora relatou vendas lentas. Yarker ficou, por isso, visivelmente surpreendido. Em correspondência com Aleister Crowley, o mesmo publicou em The Equinox: “o leitor deste tratado é no início esmagado pela imensidão da erudição do Irmão Yarker. Ele parece ter examinado e citado todos os documentos que alguma vez existiram. […] Mas o Irmão Yarker reprimiu nobremente uma tendência spenceriana de divagar; escreveu com perspicácia, evitou a pedantice, e fez florescer os monótonos campos da arqueologia com flores de interesse. Por conseguinte, devemos elogiá-lo ao máximo, pois ele fez o melhor possível. Ele provou abundantemente o seu ponto principal, a verdadeira antiguidade de algum sistema maçônico. É um paralelo ao traçado de Frazer da história de Deus.”

Essa correspondência revelar-se-ia temporariamente funcional para ambos. Para Yarker, ofereceu uma oportunidade de publicar resenhas de livros no The Equinox e de encontrar um jovem ansioso por continuar o trabalho que há tanto tempo tinha nutrido. Para Crowley, Yarker reconheceu o 33° que tinha recebido no México em 1900 e há muito havia assumido ter sido espúrio. Em 29 de Novembro de 1910, reconheceu Crowley como 33° no Rito Antigo e Aceito (ou seja, a linhagem Cerneau de Yarker, não a RAA descendente de Charleston).

Durante este tempo, Yarker ensinou a Crowley a política de dirigir um Rito da Maçonaria Esotérica de Altos Graus sem correr à falta da Grande Loja Unida de Inglaterra. Esta educação incluiu a importância das quotas numa organização de membros. Como Yarker observou, “virá a ver […] que uma dúzia de homens, que já são Franco-Maçons, e pagarão uma taxa razoável, valem 40 ou 50, admitidos ao acaso, e em absoluto desafio a toda a regularidade Constitucional e Simbólica; Alguns dias mais tarde, enfatizou, “se tivéssemos adotado a sua ideia de admitir toda a gente livre, poderíamos ter tido metade da cidade, não que eles teriam sido de alguma utilidade. O que é comprado barato é avaliado pelo mesmo preço”.

Em 07 de Agosto de 1912, Yarker deu a Crowley dispensa para proceder à revitalização dos corpos adormecidos do Rito Antigo e Primitivo de Londres. Crowley interpretou isto de forma ampla, como significando: “começar algo”. E assim ele conferiu – com a aprovação escrita de Yarker – os graus aos primeiros membros do novo M∴M∴M∴. Crowley considerou os rituais pouco práticos e impraticáveis, e evidentemente o Grande Hierofante concordou: de acordo com Crowley, “John Yarker viu em 1911 e 1912 que os seus 33 graus eram eles próprios impraticáveis”. A solução de Crowley foi pegar os rituais e reduzi-los a um conjunto de cerimônias reduzido e exequível para M∴M∴M∴.

Yarker produziu uma enorme quantidade de material escrito. O tendo como trabalho final “As Escolas Arcanas: Uma Revisão da sua Origem e Antiguidade com uma História da Maçonaria e a sua Relação com os Mistérios Teosóficos, Científicos, e Filosóficos”. No avanço do livro Yarker expressou o seu desagrado com o ofício, afirmando que muitos pareciam dispostos a aceitar o que foi escrito sobre a fraternidade pelos fundadores da Grande Loja da Inglaterra em 1717. Sentiu que era necessário fazer mais para aprofundar a investigação do passado da Maçonaria.

John Yarker morreu de decadência senil, fibróide phthis, e insuficiência cardíaca em 20 de Março de 1913. O seu manuscrito sobre a História dos Templários estava nas mãos da sua gráfica na altura, e uma edição revista das Escolas Arcanas tinha sido preparada.

Há uma obra póstuma, que é a reorganização e atualização dos Ritos de Memphis e de Mizraim, com J.M. RAGON e o SCT, formando, assim, o Novo Rito Oriental de Memphis-Mizraim.

V. BIBLIOGRAFIA

  • Yarker, John. Notas sobre as Ordens do Templo e de St. John and the Jerusalem Acampment, Manchester. Manchester: np, 1869.
  • Yarker, John. Notas sobre os mistérios científicos e religiosos da Antiguidade; A Gnose e as Escolas Secretas da Idade Média; Rosacrucianismo moderno; e os vários ritos e graus da Maçonaria Livre e Aceita. Londres: J. Hogg, 1872; rpt. Nova York: JW Bouton, 1878.
  • Yarker, John. Cargas e palestras maçônicas, uma série traduzida do francês. Manchester: Isaac W. Petty & Son, 1880.
  • Yarker, John. “English Ghost Stories”, Theosophist, fevereiro de 1880, 1: 114.
  • Yarker, John. Manual dos Graus do Antigo e Primitivo Rito da Maçonaria, emitido pelo Soberano Santuário, 33º Grau, na e para a Grã-Bretanha e Irlanda. Sl: np, 1881.
  • Yarker, John. “The Beni Elohim”, Theosophist, agosto de 1881, 2: 237-8.
  • Yarker, John. “The Beni Elohim and the Book of Enoch”, Theosophist, abril de 1882, 3: 171-2.
  • Yarker, John. Genealogia do Sobrenome Yarker; Com os Leyburn e várias famílias aliadas, residentes nos condados de Yorkshire, Durham, Westmoreland e Lancashire, incluindo todo o nome em Cumberland, Canadá, América e Middlesex (da Conquista até o presente). Manchester: AM Petty, 1882.
  • Yarker, John. “Can the Double Murder — Or Produce Results on the Material Body”, Theosophist, março de 1883, 4: 149-50;
  • Yarker, John. “The Adwaita Philosophy versus the Semitic Bible,” Theosophist, abril de 1883, 4: 175.
  • Yarker, John. Recapitulação de toda a maçonaria, ou, uma descrição e explicação do hieróglifo universal do Mestre dos Mestres. Dublin: Sovereign Sanctuary, 1883.
  • Yarker, John. Maçonaria especulativa: uma palestra histórica sobre a origem do ofício e da Maçonaria de alto grau, e mostrando a grande antiguidade do sistema combinado, entregue antes dos irmãos do Palatino e capítulo de Jerusalém, nº 2 do Livro do Soberano Santuário do Antigo e Rito Primitivo da Maçonaria no e para o Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda, em Assembléia em seu local de reunião, o Grosvenor Hotel, Deansgate, Manchester, 26 de novembro de 1883. Liverpool: Joseph Hawkins, 1883.
  • Yarker, John. The Kneph, 1884–1900.
  • Yarker, John. Duas palestras sobre alvenaria de alto grau. Liverpool: np, 1886.
  • Yarker, John. O Código da Apex e o Sat Bhai, revisado. Londres: np, 1886.
  • Invictus [Robert H. Fryar?] E John Yarker, The Letters of Hargrave Jennings, autor de “The Rosicrucians”, “Phallicism”, & c., & C .: Forming the Unabridged Correspondence with the Editor of the Bath Occult Reprints, entre 1879 e 1887, com o Frontispício. Bath: Robert H. Fryar, 1895.
  • Thomas Inman e John Yarker, Supernatural Generation. Banho: RH Fryar, 1896.
  • Yarker, John. “Aureus:” the Golden Tractate of Hermes Trismegistus: Concerning the Physical Secret of the Philosopher’s Stone: In Seven Sections: With an Introductory Essay by J. Yarker. Bath: Robert H. Fryar, 1886.
  • Villars de Montfaucon e John Yarker, Sub-Mundanes: Ou, os Elementares da Cabala, Sendo a História dos Espíritos. Banho: RH Fryar, 1886.
  • Villars de Montfaucon e John Yarker, Continuação do Conde De Gabalis, ou Novos Discursos Sobre as Ciências Secretas; Tocando na Nova Filosofia: Obra Póstuma: Amsterdam, Pierre de Coup, MDCCXV. Bath: Robert H. Fryar, 1897.
  • Antoine Androl e John Yarker, The Assistant Génies e Irreconcileable Gnomes, ou Continuation to the Comte de Gabalis. La Haye, M.DCC.XVIII. Bath: Robert H. Fryar, 1897.
  • LA Cahagnet e John Yarker, Magnetic Magic. [Bath]: [Robert H. Fryar], 1898.
  • Yarker, John. “Obituário do Dr. Karl Kellner”, Ars Quatuor Coronatorum 1905, 18: 150.
  • Yarker, John. As Escolas Arcanas: Uma Revisão de Sua Origem e Antiguidade; com uma história geral da maçonaria e sua relação com os mistérios teosóficos, científicos e filosóficos. Belfast: W. Tait, 1909.
  • Yarker, John. As Antigas Encargos Constitucionais dos Maçons Livres da Guilda: às quais é adicionada uma comparação com a Maçonaria de York. Belfast: William Tait, 1909.
  • Yarker, John. “The Apocalypse Unsealed” [revisão], The Equinox 1911, I (6): 164-7.
  • Yarker, John. “The Secret Tradition in Freemasonry” [revisão], The Equinox 1912, I (7): 413–7.

CONCLUSÃO

É através desta conexão com um Mestre do Passado, que fica assim demonstrado que a morte não existe para os que crêem e trabalham pela conquista da Imortalidade!

É também uma forma de honrar o trabalho empreendido, os campos desbravados e o legado deixado.

John Yarker nos proporciona um legado para além do Memphis-Misraim, com ordens internas, paralelas, verdadeiramente secretas, além de um acervo bibliográfico extraordinário.

Nota-se na cronologia acima que muitos nomes conhecidos no meio esotérico e ocultista da Europa, de alguma maneira, se conectaram com John Yarker ao longo de sua jornada.

Nota-se também que o mesmo chancelou esses grandes nomes, de modo a realizarem seus trabalhos, ainda que o nome do próprio John Yarker permaneça, por vezes, desconhecido para os que se conectam com esses outros nomes.

O trabalho e a obra de John Yarker permanece, perdura e continua no velho continente (a esmagadora maioria das ordens que eram dirigidas por ele continuam ativas até hoje). E, através da conexão do nome iniciático com este Mestre do Passado, sua obra vive, perdura e continua também em terras brasileiras.

Que a Eterna Luz da Sabedoria Divina nos Ilumine sempre!

Por Sâr John Yarker – S:::I:::I:::

FONTES:

https://freemasonry.bcy.ca/kneph/aprm.html
https://freemasonry.bcy.ca/biography/esoterica/yarker_j/yarker_j.html
https://en.wikipedia.org/wiki/John_Yarker
https://pt.frwiki.wiki/wiki/John_Yarker
https://stringfixer.com/pt/John_Yarker
https://www.wikidata.org/wiki/Q329113

Comments

3 respostas para “JOHN YARKER: UM MESTRE DO PASSADO E SUA JORNADA INICIÁTICA”

  1. Bruno Arangio

    O Passado tem muito a revelar! Gratidão por compartilhar a historia desse pertinaz andarilho da Senda!

  2. Coragem, dedicação, erudição, doação. Palavras que caracterizam muito esse impressionante Mestre do Passado. Parabéns pela excelente exposição!

  3. Sérgio Fernandes

    Uma grande história de vida dedicada a causa das ordens iniciáticas. Deve ser sempre reverenciado e lembrado como todos os grandes mestres do passado.

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