Esoterismo, Psicologia, Saúde

Na última reunião do GIDEPO [1]Grupo Independente de Estudos e Pesquisas Ocultas, abordamos um tema que é ao mesmo tempo importante e polêmico e, sendo assim, resolvi compartilhar com você leitor.

Antes de mais nada é importante definir o que é Esoterismo. Não vamos confundir Esoterismo com Ocultismo, Hermetismo, Cabala ou Astrologia. Esoterismo remete a tudo aquilo que não pode ser acessado diretamente ou que depende do acesso interior. Esoterismo refere-se ao que há de mais interno em uma tradição, que evoca a ideia de movimento ao interior desta mesma tradição. Há diversos Esoterismos, assim sendo, não apenas aquilo que denominamos hoje como Esoterismo Ocidental, ainda que focarei nele neste artigo.

Antoine Favre, em 1992, definiu as características intrínsecas ao Esoterismo. A primeira é a Teoria das Correspondências, que fala que tudo está ligado no universo e que existem relações sutis entre todas as partes da criação. Evoca a máxima hermética do “O que está em cima é como o que está embaixo, o que está embaixo é como o que está em cima, para realizar os milagres de uma coisa única”. A segunda é chamada Natureza Viva, onde nada é imóvel ou inerte no universo e a vida está presente em toda parte em diferentes graus de manifestação. Contempla o lado imanente e transcendete do Divino, se assim podemos dizer. O terceiro ponto é a faculdade de Imaginação e Meditação, a possibilidade de, mediante símbolos e alegorias, o ser humano poder acessar os diversos níveis do cosmos. Veja que aqui remetemos à linguagem simbólica/analógica tão importante para o Esoterismo e mesmo observamos que a imaginação e a meditação são inerentes aos movimentos esotéricos, de um modo geral, claro. A quarta característica é a Transmutação, a experiência iluminadora que conduz à regeneração da alma. Existe uma aplicabilidade prática nos estudos esotéricos e ele deve conduzir a uma evolução, não só ao autoconhecimento, mas ao auto-aperfeiçoamento.

A estes quatro pontos principais são adicionados mais dois, secundários: a Concordância, que diz que todas as tradições, mesmo as religiões, possuem uma raiz em comum que as liga a uma Tradição Primordial, a uma filosofia perene. Mesmo no Cristianismo há a discussão entre Prisca Theologia e Filosofia Perene, que tenta explicar esta concordância à luz da tradição cristã. E, por fim, a Transmissão, dando ênfase ao fato que os conhecimentos só podem ser transmitidos, por iniciação, de mestre a aluno. É válido ressaltar que a própria etimologia da palavra Tradição (do latim traditio) nos conduz ao significado de entregar, transmitir algo a alguém, confiar algo valioso a alguém e o termo “tradicional” dá a ideia de que algo foi recebido e precisa ser transmitido depois, demonstrando que os dois pontos secundários sugeridos por Faivre são intrinsicamente ligados. Há tradições em que não existem iniciadores, todos são co-discípulos, mesmo aqueles mais experientes nestas tradições, que remetem a autoridade delas a uma figura central, como o Cristo, por exemplo, mas ainda assim há a ideia da transmissão.

Deixando de lado as diversas abordagens que hoje temos sobre o Esoterismo[2]e aqui remeto aos estudos de Hanegraaf, parto para alguns desafios comuns à contemporaniedade no que concerne ao Esoterismo Ocidental. São esses desafios que geram bastante confusão em relação ao tema central deste artigo.

É comum visualizar o passado com os olhos do presente. Mas, não podemos fazer anacronismos se quisermos fazer um estudo sério. Os autores e suas respectivas obras e tradições devem ser estudados à luz do seu contexto histórico-cultural, não do nosso. Os seus ensinamentos e legados podem sim ser interpretados à luz dos conhecimentos contemporâneos, até mesmo porque uma tradição que permanece imutável no tempo é fadada a não mais existir. Adaptar não é modificar o conceito central, não é criar espantalhos, não é desvirtuar os ensinamentos desses autores e tradições, deixando bem claro, mas, principalmente, é fazer compreensível e trazer aplicabilidade prática para quem os lê em nossos dias e, novamente, sem deturpar estes conhecimentos tradicionais. Mesmos erros que lá atrás não eram tidos como erros podem hoje ser corrigidos. Mas o que me deixa triste é quando se visualiza o presente como uma negação do passado. Olha-se para um passado que nunca existiu para reforçar um presente desconexo da tradição. Nega-se inovações que já existiram no passado. Por exemplo, é haver uma determinada ordem de uma determinada tradição que não inicia um determinado gênero ou orientação sexual sendo que no final do século XIX não havia esse preconceito. Claro que essa determinada ordem vai dizer que no passado era da forma como se era feito hoje, mas, se olharmos historicamente, veremos que aquele lugar “andou para trás”. E há de se ter muito cuidado com isso – muitos puristas tradicionais falam de tradições, ordens e sistemas sob uma perspectiva atual que não encontra respaldo lá atrás, no tempo. Não concordar com um determinado ensinamento ou prática de uma tradição não significa modificar o passado para dizer que aquilo nunca existiu. Pode caber, claro, explicações justificáveis. E, por fim, ainda nesse quesito histórico, também não cabe olhar de um modo encantado para o passado achando que todas as descobertas contemporâneas já estavam lá. Ainda que para alguns conhecimentos isso possa ser uma verdade, não significa que para todos os conhecimentos contemporâneos possíveis também seja.

A Luz, a Tradição, as Verdades Eternas, são imutáveis. Nós não somos e estamos muito longe de entendermos-nas integralmente. Para tanto, a Tradição é passada por meio das mais variadas tradições, adaptadas ao contexto em que se está inserida. As tradições sim são adaptáveis ao contexto, estou falando delas, para evitar má-interpretação do que expliquei acima.

Uma outra problemática é que com o avanço do Iluminismo acabou-se tentando cientifizar as tradições espirituais, como uma espécie de busca pelo respaldo científico – e como se isso fizesse algum sentido. Relações analógicas tornaram-se relações causais. A linguagem e pensamento simbólicos são totalmente escanteados. Em partes, a ênfase excessiva no positivismo e no reducionismo acabam gerando isto. Não é possível descrever ou interpretar experiências espirituais sem utilizar uma linguagem simbólica e, faltando-a, apenas ficamos na superfície do que os autores e tradições realmente queriam dizer. O livro “A Imaginação Simbólica”, de Gilbert Durand, aborda bastante tais problemáticas.

O fenômeno New Age também deu suas contribuições negatitvas. Hoje vive-uma espécie de “self-service espiritual“. As pessoas não querem fazer esse movimento para dentro de uma tradição, que falei lá no início, apenas querem ter experiências e conhecimentos. Informação não é sabedoria. Em tal busca, faz-se uma salada de frutas indigesta com as mais diversas tradições, conhecimentos, experiências, etc. Misturam-se sistemas que nunca conversaram entre si. Não se faz analogias, faz-se misturebas que só Deus sabe o que na prática isto resultará. Nisto criam-se tradições fluffies, à la Hello Kitty. Muitos são os que querem graus, títulos e sistemas, poucos são os que realmente querem ter o trabalho, a vivência e a experiência necessária para chegar até eles.

Se você pensou bem no que eu falei até aqui, viu que os excessos causam estes malefícios. O excesso do concreto ou o excesso do abstrato, o excesso do objetivo ou o excesso do subjetivo, o excesso de fantasia ou mesmo do ego. Pouco se chega a um meio termo. Há sim uma “psicologização do Esoterismo Moderno“, mas isso não significa dizer que quando alguém faz uma interpretação psicológica de algum aspecto esotérico ele necessariamente negará todos os aspectos tradicionais do que está sendo interpretado.

Um bom exemplo prático disso tudo é a Imaginação. Imaginação, não fantasias, claro. Muitas práticas contemporâneas possuem elementos de visualização. O Ritual Menor de Banimento do Pentagrama, a Cruz Cabalística, o Pilar do Meio, por exemplo. Há aqueles que negam esse aspecto dizendo que tradicionalmente nunca existiu práticas esotéricas de visualização. Porém, isto entra em discordância do que falei lá no início, citando Favre. Recomendo inclusive a obra deste mesmo autor intitulada “Teosofia, Imaginação e Tradição”, onde ele discorre a “Vis Imaginativa“. Ele irá citar diversos autores bem antes do Iluminismo que utilizaram práticas imaginativas. Não é porque você não gosta deste tipo de prática que tem que negar algo que historicamente sempre existiu. Inclusive sempre houve preocupação em distinguir fantasia de realidade nas experiências espirituais. A Astrologia Helenística e a Astrologia Árabe, por exemplo, possuem técnicas para saber a tendência de alguém ter experiências espirituais fantasiosas ou verdadeiras. Uma pessoa mais experiente no sistema que alguém percorria também conseguiria fazer isso com base em seu sistema. Novamente, não é porque suas experiências são ilusórias ou porque você não consegue ter experiências reais que os antigos disseram que a imaginação jamais deveria ser utilizada em se tratando do Esoterismo.

Henry Corbin, falando sobre iniciações e experiências, observou manifestações de “imagens primordiais” resultantes de uma mesma experiência espiritual. Evocou o princípio de uma fonte comum através de uma filiação, não terrestre e sim celestial, com raiz no mundus imaginalis (mundo imaginal). Ele se esforçou para explicar o sentido deste mundo em suas muitas obras e, em particular, nas que dedicou ao grande filósofo e místico do Irã islâmico, Shihâboddin Yahyâ Sohravardî, platônico do Islã xiita que muito bebeu de “Hermes”, Platão e Zoroastro.

Sohravardî apresentou o mundo imaginal[3]âlam almithâl como uma dimensão situada entre as esferas espiritual e material. Designado na teosofia de Helena P. Blavatsky como Malakût[4]o mundo da alma e das almas, o mundo imaginal faz papel de mediador entre o mundo das formas e o das puras essências. É denominado o “Oitavo Clima”, a “Terra das Cidades de Esmeralda” ou Hûrqalyâ. Sohravardî falou dele como um mundo que é encontrado pelo peregrino do espírito em suas experiências místicas. Para descrever o processo de elevação da alma para esse plano de consciência, o simbolismo iraniano fala da ascensão da montanha de Qâf, uma montanha cósmica cujo cume é o centro mais elevado da psique humana, onde se encontra o rochedo de esmeralda que colore a abóbada celeste de verde. É aí que reside o Espírito Santo, o Anjo da humanidade. No Sufismo, a esmeralda é o símbolo da alma cósmica. É espantoso encontrar uma noção semelhante entre os cabalistas cristãos. Johannes Pistorius, em De Artis Cabbalisticae, fala na “linha verde” do derradeiro céu, quando evoca a Alma do Mundo. A Cabala Denudata de Knorr von Rosenroth também evoca a mesma ideia.

O mundo imaginal cumpre uma função ligada à experiência interior. Para Sohravardî, é por meio de uma faculdade especial da alma, a imaginação ativa, que o ser humano tem acesso a essa dimensão. O próprio Paracelso evocava a imaginatio vera, a imaginação verdadeira, que exortava a não se confundir com a fantasia, a “louca da casa”. O Rosarium indica aliás que o Opus Alquímico deve ser realizado com a imaginação verdadeira e Martin Ruland, em Lexicon Alchemiae, diz que “a imaginação é o astro no ser humano, o corpo celeste ou supraceleste”. Jacob Boehme também evoca o mundo imaginal sob o aspecto do Santo Elemento, a Alma do Mundo onde reside a Sophia.

Os peregrinos do espírito que alcançaram esse plano de consciência da alma, o mundo imaginal, contaram em geral sua experiência através de relatos simbólicos, afinal sem os símbolos dificilmente conseguiriam fornecer ideias compreensíveis e próximas do que realmente se sucedeu. Tais relatos simbólicos se tornaram muita vezes os textos fundacionais dos movimentos espirituais que nasceram à sua esteira e têm diversas características. Primeiro, como indicou Henry Corbin, não são mitos no sentido comum do termo; referem-se a eventos cuja realidade, cujo tempo e cujo lugar não têm a natureza da alma da história profana e sim do mundo imaginal, do mundo da alma e que, obviamente, não são literais, mas simbólicos, pois são resultantes da hiero-história, isto é, da história sagrada. Novamente, pois é importante frisar, não é seu sentido literal que importa compreender e sim seu “sentido interno”, retomando a expressão de Emmanuel Swedenborg, e só a hermenêutica permite que apreenda o seu significado. Eles também possuem uma capacidade de transformação, pois são portadores de uma luz que toca o âmago do leitor preparado para recebe-la. É aliás nesse sentido que eles são verdadeiramente relatos iniciáticos. Poderia continuar discorrendo essa história e chegar nos mistérios da Cavalaria Espiritual, mas poderei fazer noutra oportunidade. Aqui, basta saber que a imaginação não só é intrínseca ao esoterismo como mesmo à Iniciação.

Quanto à psicologização, ainda que haja sim o seu uso excessivo hoje, interpretar os textos esotéricos sob uma perspectiva interna, à luz do microcosmos, por assim dizer, também não é algo recente. O Trivium Hermeticum já abordava a subjetividade e o interior. A Astrologia, vista por Jung como arcabouço de todo o conhecimento psicológico da Antiguidade, sempre possuiu diversas técnicas para contemplar o lado interno, subjetivo ou mesmo espiritual dos que tinham seu mapa interpretado. E, inclusive, não misturava as coisas. Conceitos como o do Almuten Figuris, o planeta mais “automático” do seu mapa, que mais representará ações intistivas bem como os problemas que você mais se deparará no decurso de sua vida, também retratava o seu anjo guardião[5]Ao contrário do que possa se pensar, a Astrologia também contempla este estudo à luz do seu mapa natal. E, inclusive, tanto se pode interpretar isto de um modo interno quanto também externo. Interno e externo. A Alquimia já nasceu unindo o seu lado operativo ao seu lado contemplativo. Quem só presava pela operatividade e resultados concretos era visto como soprador, alvo de críticas no Fama Fraternitatis. A Teurgia também trabalha a purificação interior. Um dos muitos conceitos de Teurgia é que o contato com entidades externas como seu anjo guardião poderá despertar em você, internamente, características relacionadas à entidade em que você entra em contato, como uma espécie de “osmose espiritual”. A Magia Astral renascentista utilizava técnicas ritualísticas e imagens para os mais diversos fins, inclusive cura e mesmo fins psicológicos. Mesmo quando ainda não existia enquanto Psicologia, os seus conhecimentos sempre foram vinculados ao Esoterismo, partindo para o lado científico no século XX, distanciando-se em estudo, prática e utilidade, mas não negando a sua história. O primeiro a utilizar o termo Psicologia, em alemão, por exemplo, foi o Jacob Boehme.

Isso não quer dizer que quem estuda Psicologia estuda Esoterismo e vice-versa. São coisas bem distintas. Jung utiliza muito de Hermetismo, Alquimia e Gnosticismos, por exemplo, dentro da sua Psicologia Analítica. Ele os interpreta à luz da Psicologia Analítica. Em seus livros, ele fala de Psicologia, não de Esoterismo. Porém, dada a fonte e utilização, um estudante de Esoterismo poderá ter muito a ganhar abordando esta dimensão interna em seus estudos e práticas, com cuidado, claro, e de modo analógico. É claramente possível fazer paralelos, por exemplo, entre o processo de Individuação e de Iniciação.

O conhecimento de si mesmo, o contemplar do microcosmos, sempre foi importante no procesos iniciático. “Conhece-te a ti mesmo e conhecerás os deuses e o universo”. Por que não dizer, à luz do adágio hermético da correspondências, que o microcosmos é como o macrocosmos e vice-versa? Análogo, não igual. Correspondente, não negando o outro lado. Ao falarmos da dimensão interna não negamos a dimensão espiritual externa. Ao abordarmos os nossos demônios interiores não negamos a existência dos externos à nós. Mas se nem sequer conseguimos lidar com os nossos internos, como conseguiremos lidar com os externos?

Como trabalhar com elmentais, gênios planetários, anjos e afins, que despertam em nós potencialidades e defeitos relacionados a eles durante os trabalhos operativos, como muito nos diz a Dion Fortune e muito temos a aprender sobre isso dentro do simbolismo astrológico, se não sabemos lidar com o que eles despertam em nós? Como distinguir um ataque psíquico real de um problema físico ou psicológico se não vamos atestar que o problema físico ou psicológico existe? O trabalho rumo à Iniciação deve ocorrer, prioritariamente, em nós mesmos, dentro de nós mesmos. O que é externo pode ajudar neste trabalho, mas não podemos negligenciar o que trabalho interno que há em nós – que, aliás, nossa responsabilidade e trabalho não será terceirizado a outros. É você que precisa encarar seus defeitos, reconhecê-los e trabalhá-los. “Ninguém se torna iluminado por imaginar figuras de luz, mas sim por tornar consciente a escuridão”. Afinal, ao aumentar a luminosidade de um quarto, as sombras e imperfeições ficam muitíssimo mais perceptíveis.

Olhamos para fora muitas vezes com medo de olhar para dentro. Culpamos o outro, apontamos o outro e não olhamos para nós mesmos. O que fazemos em relação a quem somos hoje? Jogamos para debaixo do tapete os nosso defeitos ou reconhecemos e trabalhamos eles?

Para Fortune, a Iniciação é a fusão do Eu objetivo e do Eu Interior. Para tal fusão ocorrer, é preciso que haja a purificação de todos os nossos “corpos” – físico, energético, emocional, mental (concreto e abstrato) e espiritual. É preciso trabalhar em todos esses níveis também. Além do trabalho óbvio em cada corpo e nível, qual a “concretude” de suas práticas espirituais? Você inclui essa dimensão espiritual de modo prático e efetivo em seu dia-a-dia? Você se alimenta bem e faz exercícios fíciso? Lida bem com suas emoções e pensamentos? Como trabalha a sua dimensão energética? Uma escola que uma vez participei diz que não existe iniciado que é iniciado só nas horas vagas. As práticas precisam ser incorporadas ao dia-a-dia, precisam ser úteis a você e aos que estão ao seu redor. Você é realmente um estudante buscando a Iniciação? Ou você é um “mago de poltrona”? Um “mago de grupo de whatsapp?” Um “mago self-service?” “Um mago só de oratório?”

Lembrando que ainda que cabe a nós o processo de autoconhecimento e auto-aperfeiçoamento, muitas vezes precisamos sim da ajuda profissional de alguém. Ao estarmos doentes, temos que procurar o médico. Logo, é muito importante frisar, os estudos e práticas espirituais não substituem a psicoterapia. Israel Regardie via isso como uma condição tão importante que, para iniciar alguém, exigia que a pessoa tivesse feito pelo menos 100 horas de terapia. Pensando em uma hora de terapia por semana, são dois anos de terapia! Não preciso ir longe para explicar o porquê, ainda mais pensando no cenário contemporâneo…

Pensando nesta utilização prática, vamos pensar em Saúde. Você traz as práticas espirituais, por exemplo, para fins de cura, seja sobre você ou sobre os próximos a você? Quando está estressado, faz algum tipo de prática espiritual para relaxar? Mark Stavish diz que “a cura física é impossível sem a cura emocional anterior; não há cura emocional sem a ampliação da visão espiritual; não há crescimento espiritual sem crescimento ético (…)”. “A devoção e a disciplina são as qualidades mais importantes para o seu progresso no Caminho: devoção ao ideal e prática regular”. Lembra também da importância da prática diária e de levar essas práticas para o dia-a-dia. Reforça para fazermos práticas que ajudem em nosos problemas e inconsistências. Alerta também para termos cuidado com o self-service espiritual. Escolha um sistema e dedique-se a ele. Mesmo que escolha mais que um, não os misture. Complementando, lembro também para desenvolvermos hábitos de vida saudáveis. Alimentarmos-nos bem, fazer exercícios físicos regularmente, praticarmos a higiene do sono, cuidarmos das nossas emoções e pensamentos, trabalharmos as nossas energias, desenvolvermos leituras saudáveis e edificantes, não negligenciarmos as nossas práticas diárias. Claro, se estiver doente, não esqueça de procurar ajuda especializada. Vá ao médico, ao psicólogo, ao nutricionista, ao educador físico, enfim, ao que necessitar. Ainda que as práticas espirituais ajudem, não substituem o cuidado profissional! E, por fim, autoconhecimento e autoaperfeiçoamento passa longe de inflar o ego.

Referências

Referências
1 Grupo Independente de Estudos e Pesquisas Ocultas
2 e aqui remeto aos estudos de Hanegraaf
3 âlam almithâl
4 o mundo da alma e das almas
5 Ao contrário do que possa se pensar, a Astrologia também contempla este estudo à luz do seu mapa natal. E, inclusive, tanto se pode interpretar isto de um modo interno quanto também externo

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